sexta-feira, 29 de maio de 2020

Falando um texto sem pontuação parte 2

Oi Pessoal,

Conseguiram falar o texto do presente do Bruno proposto no post anterior?

Acharam difícil?

Eu ia postar alguns vídeos feitos pelos alunos com exemplos, mas como ainda não recebi, vou adiar para a semana que vem.

Enquanto isso, proponho um desafio ainda mais difícil:

Vejam o texto abaixo

EU NÃO ROUBEI CONFESSO OBRIGADO NÃO TENHA PIEDADE

Além de não ter pontuação, ele parece não ter sentido sozinho. Para que ele ganhe sentido, precisamos criar um sentido, uma ação, uma situação.

Será que conseguimos fazer uma cena brincando com ele?

Algumas dicas:

1- Não tenha pressa de dizer essas palavras como uma frase.
2 - Crie a situação e algumas ações e aos poucos veja como é possível dizer essas palavras nesse contexto.
3 - para criar a situação, algumas perguntas podem ajudar: Decida se você roubou ou não? Você está sendo acusado de roubar o que? É algo banal ou será que você esta na frente de um pelotão de fuzilamento? Ou está na frente de um juiz? Falando no telefone? Com quem está falando? Confessa ou não?

Existem muitas possibilidades. Experimentem e me mandem alguns exemplos para ajudar os colegas!!

Abraços
Isis

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Falando um texto sem pontuação

Oi pessoal,

dando continuidade ao trabalho de falar um texto escrito, a brincadeira agora é investigar várias possibilidades de dizer um mesmo texto. Pode parecer um pouco complicado, mas vale a pena tentar.

Um texto sem pontuação, pode ganhar significados diferentes de acordo a intenção de quem fala e a situação. Quando o texto é escrito, ele ganha sentido, conforme a pontuação.

Nesse vídeo abaixo, temos vários exemplos de como a pontuação, no caso a vírgula, pode transformar o sentido das frases.



Quando um texto é dito, ele ganha ainda mais possibilidades de sentido. Pensando nisso, veja a seguinte situação:

Está chegando o aniversário do Bruno e ele escreveu esse bilhete

"Pai eu quero um celular não um tênis de modo algum gostaria de ganhar uma camisa oficial do meu time"

Se você usar vírgulas, interrogações, pontos finais, reticências, exclamações você pode mudar o sentido da frase e os desejos do Bruno.

Vamos experimentar?

Imagine que você está gravando esse recado para seu pai, detalhe a situação definindo qual o presente que você quer. Como você falaria essa frase se quisesse uma camisa oficial do time? E se quisesse um tênis?
Defina também as características da pessoa que você está representando, como ela falaria se fosse: uma pessoa muito decidida, se tivesse dúvida, se fosse mimada, etc?

Tente fazer pelo menos duas possibilidades, experimente fazer isso sem tirar ou incluir palavras que não estão escritas.

Me manda que eu quero ver o que você criou!

(No próximo post eu colocarei alguns vídeos com exemplos, para quem achou difícil entender as diversas possibilidades. Mas gostaria que vocês primeiro tentassem do jeito que vocês entenderam.)

Beijos





sexta-feira, 22 de maio de 2020

Brincando com o texto - música falada 2

Oi pessoal,

vamos continuar o exercício de dizer a letra de uma música?

Agora que você já treinou com uma cantiga de roda, vamos dar um passo a mais e elaborar mais um pouco?

Escolha uma outra música com uma letra um pouco mais elaborada e tente dizer buscando diferentes formas e intenções. Você pode fazer isso sozinho ou em família, como se fosse um diálogo.

Veja os exemplos abaixo:

1 - música "Meu Erro" - Os Paralamas do Sucesso




Assim como vimos no jogo com as cantigas de roda, aqui também é possível criar mais de uma versão da mesma música, criando diferentes situações. 

2 - Vejam as versões que a aluna Isadora criou para a música "Samurai" de Djavan




quarta-feira, 20 de maio de 2020

Brincando com um texto! - música falada

Oi Pessoal,

Como estão?

A partir de agora vamos fazer uma sequência de jogos para falar alguns textos.
Começaremos falando textos de música até chegar a uma cena de um texto teatral. Que tal?

Para aquecer vou propor uma brincadeira que é um sucesso aqui em casa:

Música falada

Esse jogo é muito simples, vamos dizer o texto de uma música, como se estivéssemos falando isso para alguém, podemos brincar com diferentes intenções e a partir das entonações.

1 - Cantiga de roda
Vamos começar com uma cantiga de roda. Escolha uma que você sabe bem a letra, separe o texto da melodia (se precisar você pode escrever a letra, às vezes fica mais fácil), e diga as frases buscando diferentes intenções.




Para dar diferentes interpretações ao texto, é necessário imaginar diferentes situações. Pense onde você está, com quem você está falando e qual sua motivação, ou seja porque você está falando aquilo.

No vídeo acima eu imaginei três situações diferentes:
Você consegue compreender, ou supor quais as situações?
Mesmo que elas não sejam totalmente claras para quem está vendo, elas tem que ser claras para quem está falando o texto.


Vamos tentar?

Me manda vídeo, áudio ou me conta como foi nos comentários ou pelo e-mail isismadi@gmail.com

Beijos

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Me dê sua opinião



Oi Pessoal,


Como estão?

Já estamos ha mais de um mês trocando as propostas por esse blog. Para continuar, gostaria de saber um pouco de como anda a rotina e vocês e como as propostas de teatro podem colaborar mais e mais nesses tempos de isolamento.

Para isso, criei esse formulário com algumas perguntas simples.

Caso tenham dificuldade, peçam ajuda para os familiares de vocês ou me escrevam em isismadi@gmail.com .

Se você conhece alguns colegas que não estão sabendo do blog, mas se interessariam, divulgue para eles. Quanto mais alunos responderem e se interessarem, mais abrangente e eficiente será nosso trabalho.

Saudades de vocês!!

Beijos
Isis

quarta-feira, 13 de maio de 2020

O agora e o depois

Oi Pessoal,

Vamos usar as ações para falar do presente e do futuro?

Estamos muito distantes do teatro, mas uma das belezas dele é que podemos trazer qualquer universo para dentro da sala fechada.

No cinema, temos muitos recursos para recriar situações, cenários, pessoas. Ele busca que as coisas se pareçam com a realidade. Mesmo os mundos fantásticos.

No teatro, tudo isso vem ao palco através dos atores. E mesmo os outros recursos contam com a imaginação do público para se completar.

Veja o que a aluna Rafaela tem feito na quarenta e o que ela mais quer fazer quando o isolamento acabar.



Se a Rafa estivesse no teatro e eu pedisse para ela contar o que tem feito na quarentena e o que gostaria de fazer, ela faria da mesma maneira? Provavelmente não. Ela usou os recursos que tinha na casa dela. Se estivéssemos em aula, ela provavelmente faria essas ações imaginando os objetos e os lugares.

Vamos então imaginar que estamos nas aulas, sem muitos recursos nem objetos, para fazer os dois exercícios que seguem:


1 - Pense na coisa que você mais faz durante a quarentena.
(Por exemplo: assistir aulas à distância, dormir, ver televisão, ler, mexer no celular, comer, ficar com sua família, tocar algum instrumento musical, etc...)
- Escolha uma dessas ações.
A próxima vez que você realiza-la, preste bastante atenção no peso do objeto, como é o movimento que você realiza, o que você sente. Tente atentar para cada detalhe e guarde na sua cabeça.
- Realize essa ação sem o objeto.
Vá para um lugar diferente da casa e imagine-se nas aulas de teatro. Tente realizar a ação sem usar o objeto real, apenas imaginando (como na mímica). Tente trazer todos os detalhes da ação para o seu corpo: o peso do objeto, a energia que você usa para realizar o movimento, o que você sente, tente materializar o objeto a partir do seu corpo.
(Você pode fazer sozinho, pode chamar alguém da sua casa para assistir e dizer o que entendeu do que você fez e/ou pode gravar e me mandar!)

2 - Pense no que você gostaria de fazer quando a quarentena acabar.
- Agora, sim vamos aproveitar o teatro para criar uma realidade. A Rafa disse que o que ela mais quer fazer é abraçar sua avó. O que você mais quer fazer? Pode ser algo concreto e possível como abraçar alguém que você está com saudade. Ou pode ser algo mais difícil, como: gostaria de andar de montanha russa, viajar para a França. Ou ainda pode ser algo imaginário: voar de asa-delta, ir para a lua.
- Como você poderia representar essa ação sem os objetos ou pessoas? Experimente imagina-la com a maior quantidade possível de detalhes. Pense em peso, temperatura, som, sensações provocadas. Tente materializar esses detalhes e sensações no seu corpo.
(novamente, você pode fazer sozinho, apresentar para alguém da sua casa e/ou gravar e me enviar)

Uma das belezas do teatro é poder trazer universos distantes para dentro da sala. Vamos aproveitar isso para trazer o que quisermos para as nossas casas, nesse momento em que não podemos sair.

E aí? Me conta o que você anda fazendo, o que gostaria de fazer e o que trouxe imaginariamente para dentro de casa! Mandem fotos, textos, áudios ou videos para isismadi@gmail.com

Beijos e até o próximo post!


segunda-feira, 11 de maio de 2020

Mímica

Oi Pessoal,

Como estão?

Hoje vamos falar de Mímica: Vocês sabem o que é mímica?

Muitas vezes as pessoas usam esse termo para as ações sem palavra.

No dicionário temos a seguinte definição:

Mímica
substantivo feminino

  1. 1.
    maneira de expressar o pensamento por meio de gestos, expressões corporais e fisionômicas.



  1. 2.
    a arte de assim se expressar; pantomima.


Você já viu aquele artista que pinta o rosto de branco, usa geralmente luvas e cria objetos no espaço? Esse artista é conhecido como mímico. Algumas pessoas chamam o que ele faz de Pantomima.

Marcel Marceux foi um artista Francês que desenvolveu muito a arte da Pantomima. Muitas vezes, existe um certo preconceito em relação a essa linguagem que foi considerada "simples" em determinado momento, mas é um trabalho muito minucioso e complexo, que parte de um estudo das ações e do corpo humano. Nesse link você pode ver um vídeo do artista Marcel Marceau.


Reparem na materialidade que ele tenta dar aos objetos imaginários. Ele busca em seu corpo o peso, a textura, o som do objeto, ele tenta colocar verdade na sua atuação, mesmo sendo óbvio que aquilo não é real.

Uma curiosidade sobre ele:
Antes de se dedicar completamente ao estudo da mímica, ele teve uma atuação importante durante a Segunda Guerra Mundial. Ele ajudava crianças judias a escaparem dos nazistas. Essa história é contada no filme "Resistance" de Jesse Eisenberg, lançado recentemente.

No teatro, alguns artistas começaram a estudar a ação profundamente e começaram a decupá-la, separá-la em pedacinhos pequenos. Esse estudo foi se aprofundando cada vez mais e os artistas foram criando partituras (como as musicais) de movimentos para determinadas ações.

A isso se deu o nome de Mímica moderna. Etiene Decroux pode ser considerado pai da mímica moderna.

Ele dividiu o corpo em muitos pedacinhos para que o artista tivesse domínio de cada parte e pudesse, então, construir a ação a partir disso.

Nesse vídeo abaixo o artista Luis Louis dá uma demonstração de como é essa decupagem.


Mesmo com toda essa técnica, é importante dizer que o mímico sempre tem os olhos brilhando e fala com verdade.

É como o músico: quanto mais técnica e estudo, mais liberdade ele tem para deixar sua sensibilidade falar através da música, ou da mímica, no caso.


Gostaram de saber um pouco mais sobre a mímica?
Saber disso, muda o olhar de vocês sobre ação?
Me contem
Beijos e até quarta-feira!

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Adivinha a ação

Oi Gente,

Vamos continuar brincando com as ações. Dessa vez o jogo é coletivo. Veja se alguém da sua casa topa jogar com você. Ou algum amigo que tope jogar por vídeo.

É um jogo parecido com o jogo de mímica que muitos conhecem.

1 - Corte uma folha de papel em vários pedaços e escreva em cada um deles uma ação:
por exemplo: Cozinhar, se maquiar, andar de bicicleta, passar roupa, jogar baralho, plantar uma árvore...

2 - Dobre os papeis. Você deve sortear um papel, e realizar a ação escrita nele para os outros participantes adivinharem. A ação deve ser realizada sem fala, nenhum objeto pode ser utilizado e você não pode apontar as coisas.

3 - Você tem 1 minuto para realizar a ação. Ao final desse 1 minuto, os participantes devem dizer o que eles viram do que você fez.

Quando você achar que esse desafio está muito fácil, você pode escolher ações mais complexas e detalhar cada vez mais. Por exemplo:

Plantar uma árvore, plantar uma semente, enterrar um osso, desenterrar um baú de tesouro.

Me contem que outras ações vocês criaram.

Beijos

quarta-feira, 6 de maio de 2020

Ação

Oi Pessoal,

Enquanto espero os vídeos de vocês realizando diferentes ações com a folha de papel, pensei em falar um pouco sobre ação.

Percebi, olhando os exercícios com os objetos, que eu falo bastante de ação. Mas o que é ação?

No teatro, a gente sabe o que está acontecendo ou o que os atores estão sentindo ou pensando através de suas ações, do que eles fazem e de como fazem determinada coisa.

Vejam o vídeo abaixo.



Relembrando:
1 - escolham uma ação simples.
2 - determinem onde ela começa e onde termina
3 - faça essa ação pequena, depois média, depois grande.
4 - o que você sente quando faz a ação pequena, média e grande? É diferente? Provoca leituras diferentes em quem está assistindo?

As respostas dessas perguntas não são objetivas e são diferentes conforme a ação que você escolhe. É como se cada uma dessas formas contasse uma história diferente.

Por exemplo, observando as ações que eu fiz no vídeo o que você diria: se eu fosse uma noiva feliz, de qual forma eu colocaria a aliança? E se eu estivesse triste com o casamento?




Velocidades da ação
Nesse vídeo acima eu falo sobre as velocidades da ação.

1 - Experimente fazer a ação que você escolheu de forma lenta, numa velocidade média e depois rapidamente.
2 - O que essa ação provoca em você e no espectador quando realizada de forma lenta? E média? E rápida?

Agora, coloque uma música e misture: Faça a ação de forma grande e lenta, grande e rápida, pequena e média...



Você achou difícil?
Me conta qual ação você escolheu e o que você percebeu sobre as sensações provocadas em você e no público.



segunda-feira, 4 de maio de 2020

Produções dos alunos!!


Oi Pessoal,

Começo a ficar super feliz de receber um retorno de vocês com textos, fotos e vídeos dos exercícios!

Alguns alunos me pediram que eu não publicasse, mas outros toparam que eu compartilhasse suas produções aqui no blog.

Mande suas produções e mande ideias de jogos que você gostaria de ver aqui. Assim, vou entendendo e deixando esse espaço com a cara de vocês!

Jornada da Imaginação - foi o primeiro jogo do Blog.
Aqui temos um vídeo do Matheus Pastre Ramos contando a sua Jornada!



E aqui, Heitor escreve o que imaginou:

"HEITOR em: as PORTAS 🚪
Eu fui em um casarão, cheio de portas.
Quando eu abri a primeira porta 🚪 tinha um lugar cheio de travesseiros durinhos deliciosos.
Quando eu ia abrir a próxima porta 🚪 escutei um barulho muito assustador, eu espiei lá e tinha o meu maior pesadelo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!, (O saquinho de areia que segura a porta).
Na próxima porta 🚪 era uma floresta desconhecida onde os únicos animais eram plantas e besouros, lá o meu desafio era pegar o raro besouro Hércules, para caçá-lo peguei meu ultra super mega hiper pote e minha ultra super mega hiper pinça, me escondi no arbusto dourado e daí pulei no ultra besouro🐞 e o peguei.
Então, avistei um espelho e vi meu reflexo com o besouro 🐞. O espelho me puxou para dentro dele parecendo um portal, lá dentro eu vi o meu oposto, era agitado, burro, chato, que gostava de marrom cocô 💩 e odiava dourado e insetos! Então, o empurrei, ele caiu, e eu encontrei uma Eevee, o Pokémon mais dócil do mundo, que virou minha amiga.
Eu, o Spike (o besouro 🐞) e a Eevee quisemos sair da floresta, mas percebi que a porta 🚪 estava trancada 🔒, soube que a chave 🗝 estava do outro lado, e o meu maior pesadelo estava solto, então, peguei o besouro 🐞 e com o chifre dele quebrei a porta 🚪, que caiu em cima do meu pesadelo (o saquinho de areia que segurava a porta) e saímos correndo 🏃 direto para a sala de travesseiros, fechei a porta 🚪 com força e descansamos. " 



Risos - 
Veja a sequência de risos de alguns alunos:

Ana Beatriz Figueiredo

Valentina Prado

Ana Luiza Freitas

Mariana Pastre Ramos

Matheus Pastre Ramos


Contando uma História 

A Valentina contou uma História do livro: "Somos todos extraordinários" de J.C. Palacio




Manda para mim as suas produções ou impressões, assim eu posso criar mais coisas pensando no que é interessante para vocês! 
(Essas pessoas autorizaram a postagem para inspirar mais colegas. Mande mesmo se você não quiser publicar aqui!)

Estou com saudades e ver a carinha de vocês me deixa bem feliz!
Beijos
Isis

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Brincando com os objetos - Vídeo coletivo

Olá pessoal,

Como andam as explorações com os objetos?

Vamos fazer um vídeo coletivo, como esse que fizemos com o papel higiênico, criando uma história coletiva através das ações?

Dessa vez, usaremos uma folha de papel.

Vejam os passos:
1 - Peguem uma folha de papel, e brinquem de utilizá-la como se ela fosse outro objeto.
Cada um pode inventar o que quiser. Vejam o que a Ex-aluna Bruna criou.




2 - depois, filme a ação criada na horizontal. Você sempre deve começar o vídeo recebendo a folha de alguém que está fora do vídeo e terminar entregando para alguém fora do vídeo. 

3 - envie o vídeo para mim! (isismadi@gmail.com)

Dicas: 
- faça ações precisas para serem compreendidas
- pense em receber e entregar o papel de diferentes formas
- não se alongue muito e nem faça ações muito rápidas, elas devem ser dinâmicas, mas devem ser compreendidas. 

Será que a gente consegue? 

Abraços
Isis