Por aqui consegui descansar e volto com novidades!
Nesse semestre, nos encontraremos por aqui e pela plataforma do Google Sala de Aula. Continuarei postando algumas atividades por aqui, agora só uma vez por semana, e faremos
ENCONTROS VIRTUAIS AO VIVO!!!
Os encontros acontecerão uma vez por semana nos horários que aconteciam na escola:
FUNDAMENTAL I - 4º e 5º anos Terça - feira - 12h10 - 13h10 Quarta-feira - 12h10 às 13h10
Quinta-feira - 12h10 às 13h10
FUNDAMENTAL II - Segunda-feira - 14h às 15h
Terça-feira - 14h às 15h
Quarta-feira - 14h às 15h
ENSINO MÉDIO e 9º ANO - Quinta-feira - 14h às 15h30
Será necessário se inscrever para fazer as aulas.
As inscrições serão feitas através do e-mail
isis.madi@colegio-santaclara.com.br
As aulas começarão a partir do dia 20 de agosto!
e aqui estão os links para o Google Sala de Aula, vocês podem acompanhar as postagem por lá também:
Conseguiram imaginar e improvisar uma cena com dois personagens do livro "Os Vizinhos" de Einat Tsarfati?
Agora é hora de transcrever o texto improvisado e começar a transformá-lo em um texto teatral. Lembre-se das marcações do texto desse gênero:
- O texto não deve ter narrações, exceto se existir uma personagem narradora;
- As informações devem estar nas falas e ações das personagens;
- As falas vem antecedidas pelo nome da personagem;
- As ações podem vir descritas nas rubricas, entre parênteses e itálico.
Voltem aos posts anteriores se precisarem lembrar e ver alguns exemplos.
A ideia de hoje é manter o foco nos diálogos. Depois de transcrita a cena, é importante revisá-la. A improvisação às vezes é excessivamente repetitiva e traz informações desnecessárias, precisamos limpar o texto deixando o essencial para que a cena comunique. Por outro lado, é preciso perceber se todas as informações estão presentes na cena, sem considerar o conhecimento prévio do espectador.
Lembre-se de dizer o texto em voz alta diversas vezes enquanto escreve, pois é importante que o texto "caiba na boca" das personagens; é importante que traga marcas da linguagem falada, que é diferente da escrita.
Outro desafio que pode deixar o texto ainda mais interessante é diferenciar as personagens através de suas falas, incluindo uma marca especial para cada uma delas.
Veja nesse exemplo abaixo a fala do PREFEITO, retirada do texto "Tribobó City", de Maria Clara Machado:
PREFEITO: Finalmente conseguimos! Povo da minha terra. Quero fazer hoje, aqui, neste local hospitaleiro, centro da vida social de Tribobó, a maior comunicação de todos os tempos quentes desta cidade. (Todos começam a voltar desanimados aos seus lugares). Não tronem a desanimar, povo da minha terra! Desta vez é verdade mesmo. O trem vem parar em Tribobó City! (todos se animam e dançam)
Percebam que a fala do prefeito tem marcas específicas de falas do políticos: "Povo da minha terra" é uma expressão repetida diversas vezes por ele. A forma com que o texto está escrito já nos traz o ritmo do discurso.
Algumas vezes, a marca da personagem é bem clara, como nesse caso, outras é mais discreta e está mais relacionada à forma com a qual o ator vai dizer o texto do que com a maneira que ele está escrito.
É possível reconhecer isso nos personagens que vocês criaram? Tentem imaginar formas de inserir isso no texto ou nas falas ou nas rubricas.
Por hoje, deixaremos o texto descansar, e no próximo post cuidaremos das demais descrições.
Me mandem as primeiras tentativas para que eu possa ver o trabalho, as dúvidas, dificuldades, dar dicas e ideias.
Agora que já lemos algumas cenas escritas por dramaturgos podemos pensar em escrever uma cena criada por nós. Que tal?
Como estímulo inicial, partiremos desse livro chamado Os Vizinhos, escrito e ilustrado por Einat Tsarfati, traduzido do hebraico por George Schleisinger e publicado pela editora Pequena Zahar, 2019.
No vídeo abaixo, faço uma leitura do livro e uma propostas de criação de cena.
No contexto atual, resguardados em nossas casas e apartamentos, podemos observar janelas e pensar em nossos vizinhos, como será a vida deles? Temos alguns indícios através de suas portas? E se eles tivessem vidas fantásticas? Foi isso que a autora imaginou e é isso que imaginaremos para a criação de nossas cenas.
Parte 1 -
Depois da leitura, escolha um dos apartamentos do livro, escolha um ou dois personagens desses apartamentos e imagine suas vidas. Faça perguntas para você mesmo sobre o que eles comem, o que gostam, sobre o que conversam, do que têm medo, pelo o que brigam etc...
Parte 2 - Improvisando o diálogo.
Imagine um diálogo entre as duas personagens escolhidas. Se você tiver companhia na sua casa, pode pedir ajuda para improvisar uma conversa entre eles. Senão, pode fazer essa improvisação com algum amigo, através de um telefonema, ou outra plataforma virtual.
Se for mais fácil para você fazer o exercício sozinho, imagine-se nessa situação e tente inventar esse diálogo.
Parte 3 - escrever a cena.
Tente agora registrar essa cena que você imaginou. Lembre-se quem disse o que, quais as ações que foram feitas, o cenário etc...
No próximo post tornaremos esse registro um texto para uma cena!
Compartilhem comigo para eu saber como foi e para trocarmos com os colegas.
Como foi a experiência de ler e dizer um texto de Shakespeare?
Recebi um vídeo muito legal de dois irmãos fazendo essa cena e foi lindo perceber como a palavra do texto ganhou vida e transformou a forma de atuar dos dois alunos atores.
Eles registraram em vídeo, e o vídeo oferece alguns recursos diferentes do teatro, por exemplo, eles editaram a filmagem. Romeu e Julieta estavam em lugares diferentes e depois se encontram.
Um grande desafio do teatro é que temos que colocar no palco diversos espaços imaginários. Para simplificar isso, muitos textos de dramaturgia tentam criar as cenas adaptando-as para um mesmo espaço e isso é algo importante para pensarmos.
Vejamos como isso funciona na peça "Pluft, o fantasminha", da dramaturga brasileira Maria Clara Machado.
Muito conhecida por criar peças e textos de teatro infantil, Maria Clara nasceu em 1921 e morreu em 2001. Foi fundadora de uma tradicional escola de teatro do Rio de Janeiro, O Tablado.
Entre suas obras estão: "A bruxinha que era boa", "O rapto das cebolinhas", "Tribobó City".
Nesse link abaixo, você encontra o texto da peça "Pluft, o fantasminha".
Nesta peça, a menina Maribel está em um navio assombrado, atrás do tesouro de seu avô, quando encontra Pluft, um fantasminha que tem medo de gente.
A peça toda se passa no mesmo espaço do navio, as coisas que acontecem fora daquele espaço são contadas pelos personagens.
No link abaixo, tem a gravação de uma montagem do próprio Tablado em 2013. Nesse vídeo, podemos ver o cenário usado por esse grupo e as soluções cênicas que eles usaram. Muito interessante ver a montagem e o texto ao mesmo tempo. Assim, percebemos como as palavras ganham vida através das ações. Uma frase as vezes simples, que parece confusa, ganha sentido quando os atores jogam com os objetos, com eles mesmos e com a plateia.
Me contem como foi ler e assistir essa peça. Vocês já a conheciam? Conseguiram perceber a questão espacial? O que mais perceberam?
A partir disso, será que já conseguimos construir as nossas próprias cenas e nossos próprios textos?
dando continuidade à nossa exploração a cerca do texto teatral, hoje separei um trechinho de uma cena clássica de Willian Shakespeare.
Shakespeare é um dos dramaturgos mais conhecidos de todos os tempos. Ele viveu no final do século XVI e produziu muitas obras conhecidas até hoje: "Romeu e Julieta", "Sonhos de uma noite de verão", "Hamlet" e tantas outras.
Suas peças eram muito famosas na época e conseguiam agradar o povo das diversas classes sociais, misturando temas e linguagens mais requintadas e mais populares numa mesma obra.
Até hoje, algumas "fórmulas" dele ainda são usadas nas criações de filmes, séries, telenovelas. Quantas e quantas vezes vimos o amor proibido de Romeu e Julieta relidos e transformados em diversos contextos?
Vocês conhecem Romeu e Julieta?
Essa tragédia, escrita por Shakespeare entre 1591 e 1595, retrata dois jovens de famílias inimigas, Romeu e Julieta, que se apaixonam. Escondidos dos demais, eles se casam escondido, mas uma série de acontecimentos levam Romeu a deixar Verona. Enquanto isso, os pais de Julieta arranjam o casamento dela com um primo, para escapar do casamento, ela cria um plano, no qual finge estar morta. Envia uma mensagem a Romeu contando o plano, porém a mensagem não chega.
Shakespeare escreve essa peça em verso e em prosa, o que a torna difícil de ser dita por nós nos dias de hoje.
Esse é um grande desafio!!
Vamos ler a cena e tentar dizer esse texto?
Aqui está uma adaptação da conhecida cena do balcão. Romeu Montecchio acaba de conhecer Julieta Capuleto em um baile de máscaras. Sem saber que eram de famílias inimigas, os dois se conhecem e se apaixonam. Romeu está embaixo da varanda do quarto de Julieta, quando a vê:
ROMEU e JULIETA
(uma peça de William Shakespeare)
ATO II
CENA II
Romeu passeia pelo pomar dos Capuleto. Vê Julieta na janela e a contempla, sem que ela ouça.
ROMEU: Que luz brilha na moldura daquela janela? A janela é o oriente e Julieta é o sol. Surge, ó sol, e mata a lua de inveja, porque tu és mais bela que ela.
JULIETA (falando sozinha): Ai de mim, ai de mim!
ROMEU (falando sozinho): É ela! Está falando! Fala de novo, anjo resplandecente!
JULIETA (ainda sozinha): Romeu, Romeu! Por que tens que ser Romeu? Oh, renega teu pai e abandona esse nome! Ou, diga que me ama e eu deixarei de ser Julieta Capuleto e vou viver contigo.
ROMEU (À Parte) Devo continuar a ouvir escondido ou devo responder?
JULIETA: Só o seu nome Montecchio é meu inimigo! Mas o que é um nome? Se a rosa tivesse outro nome deixaria de ser perfumosa? Deixa seu nome Romeu e em troca dele fica comigo, que já sou tua!
ROMEU (saindo da sombra e deixando-se ver): Farei teu desejo de bom grado! Por ti, deixarei de ser Romeu e me chamarei Amor.
(Adaptação feita pela Prof Isis para as aulas de teatro virtuais durante a quarentena)
Agora que você já leu o texto algumas vezes e compreendeu a situação, vamos tentar fazer uma leitura dramática dele?
Escolha uma das personagens, marque as falas dessa personagem e convide alguém aí da sua casa para ler as outras falas para você.
Você também pode ligar para algum colega que tope fazer esse jogo por vídeo chamada.
Se você quiser ser ainda mais independente, no post que vem vamos fazer um diálogo da gente com a gente mesmo por vídeo! Que desafio!!
Manda pra mim suas impressões e estudos e a gente vai continuando!!
Beijos
Isis
Ps: Veja a versão em versos traduzida do original de Shakespeare. Percebe a diferença? Será que você consegue falar um texto em verso?
Enquanto nos preparamos para o encontro "Ao vivo" (veja os dias no post anterior), continuaremos nosso trabalho com texto, agora falando de textos teatrais ou dramáticos.
O texto dramático é um gênero literário e por isso tem suas características específicas.
Vamos falar um pouco sobre elas?
Drama significa ação, logo o texto dramático pressupõe a ação, ou seja, é um texto para ser encenado. Ele não tem uma preocupação narrativa, suas marcações são feitas para explicar melhor a encenação e ele faz mais sentido quando encenado.
Existem alguns modelos de textos dramáticos, mas de modo geral, eles tem o seguinte formato:
Título, autor, lista de personagens.
Um livro se divide em capítulos, uma peça de teatro se divide em atos e cenas. Um ato é um conjunto de cenas.
Outra marcação muito característica da peça de teatro é a descrição do cenário. Veja abaixo outro exemplo:
E o principal: as falas; diferente dos textos narrativos, no qual as falas são marcadas por travessões, e são anunciadas, no texto teatral o diálogo acontece diretamente, precedido pelo nome da personagem que fala.
Reparem que nesse último texto é possível ver algumas frases entre parênteses, na maior parte das vezes em itálico. Essas são as rubricas. Elas não são para serem faladas e direcionam ações ou intenções das personagens.
Você já leu algum texto de teatro? Está familiarizado com isso? Tem pessoas que adoram ler textos dramáticos, outras não gostam de ler, mas gostam de encenar. Outras pessoas preferem escrever esses textos.
A pessoa que escreve textos dramáticos é chamada de dramaturgo.
Você conhece algum dramaturgo?
No próximo post faremos um jogo tentando ler e representar um texto dramático.
Algumas pessoas sugeriram que fizéssemos um encontro "ao vivo".
Acho que pode ser uma ótima oportunidade de nos vermos, matarmos um pouco da saudade. Pensei em alguns jogos que podemos fazer virtualmente, mas preciso de vocês para me ajudarem a divulgar para quem tiver interesse.
Os encontros serão pela plataforma Zoom nas seguintes datas:
Quinta-feira: 04/06 - 14h30 - 15h30 - Ensino Médio
Terça-feira: 09/06 - 14h30 - 15h30 - Fundamental II
Sexta-feira 12/02 -14h30 - Ensino Fundamental I
Conseguiram falar o texto do presente do Bruno proposto no post anterior?
Acharam difícil?
Eu ia postar alguns vídeos feitos pelos alunos com exemplos, mas como ainda não recebi, vou adiar para a semana que vem.
Enquanto isso, proponho um desafio ainda mais difícil:
Vejam o texto abaixo
EU NÃO ROUBEI CONFESSO OBRIGADO NÃO TENHA PIEDADE
Além de não ter pontuação, ele parece não ter sentido sozinho. Para que ele ganhe sentido, precisamos criar um sentido, uma ação, uma situação.
Será que conseguimos fazer uma cena brincando com ele?
Algumas dicas:
1- Não tenha pressa de dizer essas palavras como uma frase.
2 - Crie a situação e algumas ações e aos poucos veja como é possível dizer essas palavras nesse contexto.
3 - para criar a situação, algumas perguntas podem ajudar: Decida se você roubou ou não? Você está sendo acusado de roubar o que? É algo banal ou será que você esta na frente de um pelotão de fuzilamento? Ou está na frente de um juiz? Falando no telefone? Com quem está falando? Confessa ou não?
Existem muitas possibilidades. Experimentem e me mandem alguns exemplos para ajudar os colegas!!
dando continuidade ao trabalho de falar um texto escrito, a brincadeira agora é investigar várias possibilidades de dizer um mesmo texto. Pode parecer um pouco complicado, mas vale a pena tentar.
Um texto sem pontuação, pode ganhar significados diferentes de acordo a intenção de quem fala e a situação. Quando o texto é escrito, ele ganha sentido, conforme a pontuação.
Nesse vídeo abaixo, temos vários exemplos de como a pontuação, no caso a vírgula, pode transformar o sentido das frases.
Quando um texto é dito, ele ganha ainda mais possibilidades de sentido. Pensando nisso, veja a seguinte situação:
Está chegando o aniversário do Bruno e ele escreveu esse bilhete
"Pai eu quero um celular não um tênis de modo algum gostaria de ganhar uma camisa oficial do meu time"
Se você usar vírgulas, interrogações, pontos finais, reticências, exclamações você pode mudar o sentido da frase e os desejos do Bruno.
Vamos experimentar?
Imagine que você está gravando esse recado para seu pai, detalhe a situação definindo qual o presente que você quer. Como você falaria essa frase se quisesse uma camisa oficial do time? E se quisesse um tênis?
Defina também as características da pessoa que você está representando, como ela falaria se fosse: uma pessoa muito decidida, se tivesse dúvida, se fosse mimada, etc?
Tente fazer pelo menos duas possibilidades, experimente fazer isso sem tirar ou incluir palavras que não estão escritas.
Me manda que eu quero ver o que você criou!
(No próximo post eu colocarei alguns vídeos com exemplos, para quem achou difícil entender as diversas possibilidades. Mas gostaria que vocês primeiro tentassem do jeito que vocês entenderam.)
vamos continuar o exercício de dizer a letra de uma música?
Agora que você já treinou com uma cantiga de roda, vamos dar um passo a mais e elaborar mais um pouco?
Escolha uma outra música com uma letra um pouco mais elaborada e tente dizer buscando diferentes formas e intenções. Você pode fazer isso sozinho ou em família, como se fosse um diálogo.
Veja os exemplos abaixo:
1 - música "Meu Erro" - Os Paralamas do Sucesso
Assim como vimos no jogo com as cantigas de roda, aqui também é possível criar mais de uma versão da mesma música, criando diferentes situações.
2 - Vejam as versões que a aluna Isadora criou para a música "Samurai" de Djavan
A partir de agora vamos fazer uma sequência de jogos para falar alguns textos. Começaremos falando textos de música até chegar a uma cena de um texto teatral. Que tal?
Para aquecer vou propor uma brincadeira que é um sucesso aqui em casa:
Música falada
Esse jogo é muito simples, vamos dizer o texto de uma música, como se estivéssemos falando isso para alguém, podemos brincar com diferentes intenções e a partir das entonações.
1 - Cantiga de roda
Vamos começar com uma cantiga de roda. Escolha uma que você sabe bem a letra, separe o texto da melodia (se precisar você pode escrever a letra, às vezes fica mais fácil), e diga as frases buscando diferentes intenções.
Para dar diferentes interpretações ao texto, é necessário imaginar diferentes situações. Pense onde você está, com quem você está falando e qual sua motivação, ou seja porque você está falando aquilo.
No vídeo acima eu imaginei três situações diferentes:
Você consegue compreender, ou supor quais as situações? Mesmo que elas não sejam totalmente claras para quem está vendo, elas tem que ser claras para quem está falando o texto.
Vamos tentar?
Me manda vídeo, áudio ou me conta como foi nos comentários ou pelo e-mail isismadi@gmail.com
Já estamos ha mais de um mês trocando as propostas por esse blog. Para continuar, gostaria de saber um pouco de como anda a rotina e vocês e como as propostas de teatro podem colaborar mais e mais nesses tempos de isolamento.
Para isso, criei esse formulário com algumas perguntas simples.
Caso tenham dificuldade, peçam ajuda para os familiares de vocês ou me escrevam em isismadi@gmail.com .
Se você conhece alguns colegas que não estão sabendo do blog, mas se interessariam, divulgue para eles. Quanto mais alunos responderem e se interessarem, mais abrangente e eficiente será nosso trabalho.
Vamos usar as ações para falar do presente e do futuro?
Estamos muito distantes do teatro, mas uma das belezas dele é que podemos trazer qualquer universo para dentro da sala fechada.
No cinema, temos muitos recursos para recriar situações, cenários, pessoas. Ele busca que as coisas se pareçam com a realidade. Mesmo os mundos fantásticos.
No teatro, tudo isso vem ao palco através dos atores. E mesmo os outros recursos contam com a imaginação do público para se completar.
Veja o que a aluna Rafaela tem feito na quarenta e o que ela mais quer fazer quando o isolamento acabar.
Se a Rafa estivesse no teatro e eu pedisse para ela contar o que tem feito na quarentena e o que gostaria de fazer, ela faria da mesma maneira? Provavelmente não. Ela usou os recursos que tinha na casa dela. Se estivéssemos em aula, ela provavelmente faria essas ações imaginando os objetos e os lugares.
Vamos então imaginar que estamos nas aulas, sem muitos recursos nem objetos, para fazer os dois exercícios que seguem:
1 - Pense na coisa que você mais faz durante a quarentena.
(Por exemplo: assistir aulas à distância, dormir, ver televisão, ler, mexer no celular, comer, ficar com sua família, tocar algum instrumento musical, etc...) - Escolha uma dessas ações.
A próxima vez que você realiza-la, preste bastante atenção no peso do objeto, como é o movimento que você realiza, o que você sente. Tente atentar para cada detalhe e guarde na sua cabeça.
- Realize essa ação sem o objeto.
Vá para um lugar diferente da casa e imagine-se nas aulas de teatro. Tente realizar a ação sem usar o objeto real, apenas imaginando (como na mímica). Tente trazer todos os detalhes da ação para o seu corpo: o peso do objeto, a energia que você usa para realizar o movimento, o que você sente, tente materializar o objeto a partir do seu corpo.
(Você pode fazer sozinho, pode chamar alguém da sua casa para assistir e dizer o que entendeu do que você fez e/ou pode gravar e me mandar!)
2 - Pense no que você gostaria de fazer quando a quarentena acabar.
- Agora, sim vamos aproveitar o teatro para criar uma realidade. A Rafa disse que o que ela mais quer fazer é abraçar sua avó. O que você mais quer fazer? Pode ser algo concreto e possível como abraçar alguém que você está com saudade. Ou pode ser algo mais difícil, como: gostaria de andar de montanha russa, viajar para a França. Ou ainda pode ser algo imaginário: voar de asa-delta, ir para a lua.
- Como você poderia representar essa ação sem os objetos ou pessoas? Experimente imagina-la com a maior quantidade possível de detalhes. Pense em peso, temperatura, som, sensações provocadas. Tente materializar esses detalhes e sensações no seu corpo. (novamente, você pode fazer sozinho, apresentar para alguém da sua casa e/ou gravar e me enviar)
Uma das belezas do teatro é poder trazer universos distantes para dentro da sala. Vamos aproveitar isso para trazer o que quisermos para as nossas casas, nesse momento em que não podemos sair.
E aí? Me conta o que você anda fazendo, o que gostaria de fazer e o que trouxe imaginariamente para dentro de casa! Mandem fotos, textos, áudios ou videos para isismadi@gmail.com
Hoje vamos falar de Mímica: Vocês sabem o que é mímica?
Muitas vezes as pessoas usam esse termo para as ações sem palavra.
No dicionário temos a seguinte definição: Mímica substantivo feminino
1.
maneira de expressar o pensamento por meio de gestos, expressões corporais e fisionômicas.
2.
a arte de assim se expressar; pantomima.
Você já viu aquele artista que pinta o rosto de branco, usa geralmente luvas e cria objetos no espaço? Esse artista é conhecido como mímico. Algumas pessoas chamam o que ele faz de Pantomima.
Marcel Marceux foi um artista Francês que desenvolveu muito a arte da Pantomima. Muitas vezes, existe um certo preconceito em relação a essa linguagem que foi considerada "simples" em determinado momento, mas é um trabalho muito minucioso e complexo, que parte de um estudo das ações e do corpo humano. Nesse link você pode ver um vídeo do artista Marcel Marceau.
Reparem na materialidade que ele tenta dar aos objetos imaginários. Ele busca em seu corpo o peso, a textura, o som do objeto, ele tenta colocar verdade na sua atuação, mesmo sendo óbvio que aquilo não é real.
Uma curiosidade sobre ele:
Antes de se dedicar completamente ao estudo da mímica, ele teve uma atuação importante durante a Segunda Guerra Mundial. Ele ajudava crianças judias a escaparem dos nazistas. Essa história é contada no filme "Resistance" de Jesse Eisenberg, lançado recentemente.
No teatro, alguns artistas começaram a estudar a ação profundamente e começaram a decupá-la, separá-la em pedacinhos pequenos. Esse estudo foi se aprofundando cada vez mais e os artistas foram criando partituras (como as musicais) de movimentos para determinadas ações.
A isso se deu o nome de Mímica moderna. Etiene Decroux pode ser considerado pai da mímica moderna.
Ele dividiu o corpo em muitos pedacinhos para que o artista tivesse domínio de cada parte e pudesse, então, construir a ação a partir disso.
Nesse vídeo abaixo o artista Luis Louis dá uma demonstração de como é essa decupagem.
Mesmo com toda essa técnica, é importante dizer que o mímico sempre tem os olhos brilhando e fala com verdade.
É como o músico: quanto mais técnica e estudo, mais liberdade ele tem para deixar sua sensibilidade falar através da música, ou da mímica, no caso.
Gostaram de saber um pouco mais sobre a mímica?
Saber disso, muda o olhar de vocês sobre ação?
Me contem
Beijos e até quarta-feira!
Vamos continuar brincando com as ações. Dessa vez o jogo é coletivo. Veja se alguém da sua casa topa jogar com você. Ou algum amigo que tope jogar por vídeo.
É um jogo parecido com o jogo de mímica que muitos conhecem.
1 - Corte uma folha de papel em vários pedaços e escreva em cada um deles uma ação:
por exemplo: Cozinhar, se maquiar, andar de bicicleta, passar roupa, jogar baralho, plantar uma árvore...
2 - Dobre os papeis. Você deve sortear um papel, e realizar a ação escrita nele para os outros participantes adivinharem. A ação deve ser realizada sem fala, nenhum objeto pode ser utilizado e você não pode apontar as coisas.
3 - Você tem 1 minuto para realizar a ação. Ao final desse 1 minuto, os participantes devem dizer o que eles viram do que você fez.
Quando você achar que esse desafio está muito fácil, você pode escolher ações mais complexas e detalhar cada vez mais. Por exemplo:
Plantar uma árvore, plantar uma semente, enterrar um osso, desenterrar um baú de tesouro.
Enquanto espero os vídeos de vocês realizando diferentes ações com a folha de papel, pensei em falar um pouco sobre ação.
Percebi, olhando os exercícios com os objetos, que eu falo bastante de ação. Mas o que é ação?
No teatro, a gente sabe o que está acontecendo ou o que os atores estão sentindo ou pensando através de suas ações, do que eles fazem e de como fazem determinada coisa.
Vejam o vídeo abaixo.
Relembrando:
1 - escolham uma ação simples.
2 - determinem onde ela começa e onde termina
3 - faça essa ação pequena, depois média, depois grande.
4 - o que você sente quando faz a ação pequena, média e grande? É diferente? Provoca leituras diferentes em quem está assistindo?
As respostas dessas perguntas não são objetivas e são diferentes conforme a ação que você escolhe. É como se cada uma dessas formas contasse uma história diferente.
Por exemplo, observando as ações que eu fiz no vídeo o que você diria: se eu fosse uma noiva feliz, de qual forma eu colocaria a aliança? E se eu estivesse triste com o casamento?
Velocidades da ação
Nesse vídeo acima eu falo sobre as velocidades da ação.
1 - Experimente fazer a ação que você escolheu de forma lenta, numa velocidade média e depois rapidamente.
2 - O que essa ação provoca em você e no espectador quando realizada de forma lenta? E média? E rápida?
Agora, coloque uma música e misture: Faça a ação de forma grande e lenta, grande e rápida, pequena e média...
Você achou difícil?
Me conta qual ação você escolheu e o que você percebeu sobre as sensações provocadas em você e no público.
Começo a ficar super feliz de receber um retorno de vocês com textos, fotos e vídeos dos exercícios!
Alguns alunos me pediram que eu não publicasse, mas outros toparam que eu compartilhasse suas produções aqui no blog.
Mande suas produções e mande ideias de jogos que você gostaria de ver aqui. Assim, vou entendendo e deixando esse espaço com a cara de vocês!
Jornada da Imaginação - foi o primeiro jogo do Blog.
Aqui temos um vídeo do Matheus Pastre Ramos contando a sua Jornada!
E aqui, Heitor escreve o que imaginou:
"HEITOR em: as PORTAS 🚪! Eu fui em um casarão, cheio de portas.
Quando eu abri a primeira porta 🚪 tinha um lugar cheio de travesseiros durinhos
deliciosos.
Quando eu ia abrir a próxima porta 🚪 escutei um barulho muito assustador, eu
espiei lá e tinha o meu maior pesadelo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!, (O saquinho de areia que segura
a porta).
Na próxima porta 🚪 era uma floresta desconhecida onde os únicos animais eram
plantas e besouros, lá o meu desafio era pegar o raro besouro Hércules, para caçá-lo
peguei meu ultra super mega hiper pote e minha ultra super mega hiper pinça, me
escondi no arbusto dourado e daí pulei no ultra besouro🐞 e o peguei.
Então, avistei um espelho e vi meu reflexo com o besouro 🐞. O espelho me puxou
para dentro dele parecendo um portal, lá dentro eu vi o meu oposto, era agitado, burro,
chato, que gostava de marrom cocô 💩 e odiava dourado e insetos! Então, o empurrei,
ele caiu, e eu encontrei uma Eevee, o Pokémon mais dócil do mundo, que virou minha
amiga.
Eu, o Spike (o besouro 🐞) e a Eevee quisemos sair da floresta, mas percebi que a
porta 🚪 estava trancada 🔒, soube que a chave 🗝 estava do outro lado, e o meu maior
pesadelo estava solto, então, peguei o besouro 🐞 e com o chifre dele quebrei a porta 🚪,
que caiu em cima do meu pesadelo (o saquinho de areia que segurava a porta) e saímos
correndo 🏃 direto para a sala de travesseiros, fechei a porta 🚪 com força e descansamos. "
Risos -
Veja a sequência de risos de alguns alunos:
Ana Beatriz Figueiredo
Valentina Prado
Ana Luiza Freitas
Mariana Pastre Ramos
Matheus Pastre Ramos
Contando uma História
A Valentina contou uma História do livro: "Somos todos extraordinários" de J.C. Palacio
Manda para mim as suas produções ou impressões, assim eu posso criar mais coisas pensando no que é interessante para vocês!
(Essas pessoas autorizaram a postagem para inspirar mais colegas. Mande mesmo se você não quiser publicar aqui!)
Estou com saudades e ver a carinha de vocês me deixa bem feliz!
Vamos fazer um vídeo coletivo, como esse que fizemos com o papel higiênico, criando uma história coletiva através das ações?
Dessa vez, usaremos uma folha de papel.
Vejam os passos: 1 - Peguem uma folha de papel, e brinquem de utilizá-la como se ela fosse outro objeto.
Cada um pode inventar o que quiser. Vejam o que a Ex-aluna Bruna criou.
2 - depois, filme a ação criada na horizontal. Você sempre deve começar o vídeo recebendo a folha de alguém que está fora do vídeo e terminar entregando para alguém fora do vídeo.
3 - envie o vídeo para mim! (isismadi@gmail.com)
Dicas:
- faça ações precisas para serem compreendidas
- pense em receber e entregar o papel de diferentes formas
- não se alongue muito e nem faça ações muito rápidas, elas devem ser dinâmicas, mas devem ser compreendidas.
Hoje vamos misturar dois jogos: "Brincando com os objetos" e "História compartilhada".
Você pode fazer na sua casa, com seus familiares, ou à distância com seus amigos.
Escolham um objeto ou tecido e criem ações que transformem a função original, depois passem para o próximo, que deve criar outra ação.
Eu propus esse jogo para os alunos do grupo de montagem e alguns me responderam com um vídeo. Eu fiz uma brincadeira de unir essas ações criando uma história. Vejam o vídeo abaixo e me contem quantas novas funções ganhou o papel higiênico. Ou melhor, em quantos outros objetos ele foi transformado?
Hoje, no vídeo, eu proponho um jogo de equilíbrio com o cabo de vassoura (pode ser um bastão de qualquer tipo). No primeiro momento, o desafio é equilibrar o bastão e se desafiar caminhando, dançando e explorando os níveis alto, médio e baixo (será que é possível? Cuidado para não se machucar e nem quebrar nada!!!). No segundo momento, vocês devem fazer algumas ações utilizando o cabo da vassoura como outro objeto. Essa brincadeira pode se extender para a família toda, e virar um jogo de adivinha.
Como estão? Vamos nos exercitar, respirar para nos mantermos fortes e equilibrados durante a quarentena?
Vejam esses três exercícios que eu proponho para vocês e suas famílias. Depois me contem se conseguiram ou mandem vídeos e fotos, se quiserem compartilhar!
Hoje é sexta-feira e esse jogo pode render boas brincadeiras para o fim de semana também!
Esse jogo deve ser realizado em duplas, pode ser alguém da sua casa, ou você pode fazer em uma conversa virtual com algum amigo.
O jogo consiste em: criar um diálogo coerente seguindo a ordem do abecedário. A primeira pessoa deve iniciar a frase com a letra A, a outra pessoa deve responder começando a frase com a letra B, a primeira pessoa responde começando com a letra C e assim por diante.
Por exemplo:
PESSOA 1 - Amiga, quanto tempo! Como você está?
PESSOA 2 - Bem e você?
PESSOA 1 - Caindo... levantando... aquela dificuldade de sempre e você?
PESSOA 2 - Depois de uma resposta dessa não posso nem dizer que eu estou ótima!
PESSOA 1 - Fala sério? Como você consegue estar sempre bem?
Abaixo, encaminho um vídeo feito pelos alunos da turma de Montagem do Teatro do Santa Clara. Eles fazem o jogo até a letra D, será que vocês conseguem chegar no Z?
como estão? Continuando nosso trabalho com as histórias, proponho esse jogo de criatividade e cooperação.
É um jogo bem simples e bem gostoso, você pode fazer em casa com sua família, ou à distância com seus amigos.
Um começa uma história inventada e o outro continua do seu jeito. Um vai passando para o outro até alguém finalizar.
Algumas dicas para ajudar a dinâmica:
1 - pare a história em um momento de suspense.
2 - não exagere nos detalhes, mas imagine tudo que você está vendo.
3 - a história pode ser fantástica, mas tem que manter a coerência, então preste bastante atenção nas outras partes narradas antes da sua.
Montei o começo de uma história com alguns alunos da turma de montagem, veja como ficou e faça uma continuação!
Como estão? Quero saber como foi fazer a Jornada da Imaginação. Vocês gostaram? Comentem para que eu possa saber e programar coisas interessantes para vocês!
E agora vamos ao jogo de hoje!!
Risos Para esse jogo, você precisará de um celular com câmera fotográfica.
O desafio é: será que você consegue fazer uma sequência com 6, 9 ou 12 fotos? E o pessoal da sua família quer tentar também?
Manda para mim!
Como vocês puderam ver pelo vídeo, aqui em casa, todo mundo participou. Olha como foi:
Agora é hora de gravar! Quanto mais vocês tiverem ensaiado, mais seguros estarão e menos vezes terão que parar a gravação.
Alguns pontos para pensar:
1 - Encolha um lugar para fazer a gravação: pense o que aparecerá atrás de você na hora de narrar: Você pode escolher e criar um pequeno "cenário" colocando algum tecido, ou procurando um quadro ou uma parede colorida. Qualquer lugar é possível, mas cuidado para não aparecer uma bagunça ou objeto que não seja intencional.
2 - Repare onde está a luz. Se você decidir filmar na frente de uma janela, talvez a luz dessa janela atrapalhe na gravação. Ou até alguma luz artificial pode atrapalhar caso a câmera esteja contra a luz. Tente usar o sol ou luz artificial para iluminar o seu rosto.
3 - Escolha uma roupa que você ache adequada.
4 - Separe todos os objetos que você vai precisar e pense se eles devem ou não aparecer desde o começo do filme.
5 - Encontrem um apoio para o celular ou câmera. Se você não tiver um tripé, pode usar caixas, livros como apoio. Decida se você vai filmar na vertical ou na horizontal. Se estiver sozinho e estiver filmando com o celular, use o modo de câmera invertida para ver se o enquadramento está bom. Mesmo se alguém tiver te ajudando, um apoio é recomendável para a gravação não tremer.
6 - veja até onde você pode se movimentar sem sair do enquadramento da câmera.
7 - Vocês podem fazer uma gravação direta, sem parar, como se estivessem fazendo ao vivo, aí não precisarão editar o vídeo (como no caso da história "Torneio de Comilança", que eu enviei no primeiro post). Ou vocês podem brincar com a edição, recortando e colando e incluindo efeitos, como no vídeo da Contadora de Histórias Heidi Monezzi, abaixo:
8 - Na hora da gravação, veja se o ambiente está silencioso e avise as pessoas da sua casa para não interromperem a gravação por acidente.
Tendo decidido tudo isso é só gravar! Lembrem-se de tudo o que falamos e será uma linda história!
AÇÃO!!
Me contem como foi e enviem os vídeos e impressões!
Agora que você já conhece bem a história, já brincou com ela e criou muitas imagens, vamos começar a pensar a melhor forma de contá-la. Escolher as melhores palavras e expressões, como representar ou descrever as personagens e se precisaremos de algum objeto ou música como recurso. É claro que muitas ideias novas ainda podem aparecer, mas cuide para que todas as ideias não deixem a história confusa, pois o principal é comunicação (como eu falo em todas as aulas).
Narrador
O narrador é aquele que conta a história, e como dito anteriormente, é importante que ele tenha as imagens da trama na cabeça enquanto conta. Nesse exercício, você será o narrador ou narradora e contará a história do seu jeito, com a sua voz e seu corpo. É importante que as palavras sejam ditas com precisão e calma para que todos entendam, não fique ansioso ou com pressa. Por outro lado, quando falamos demais nossos ouvintes se perdem, por isso é importante escolher o essencial para que a ideia seja compreendida.
Dicas:
1 - imagine a história enquanto conta, isso vai dar ritmos diferentes aos momentos diferentes;
2 - escolha as partes que você vai dizer, sem esquecer dos momentos essenciais para a trama e daqueles que você gosta muito (ensaiar é a melhor forma de definir e estar seguro);
3 - não exagere nos detalhes, eles podem dar graça ao conto, mas podem confundir o ouvinte;
4 - diga as palavras com nitidez para que todos possam compreender.
5 - evite expressões ou gírias que não possam ser compreendidas por todos.
Personagens
Mesmo que o narrador conte a maior parte da história, você pode decidir se existe algum ou algumas personagens que exijam alguma representação. Por exemplo, em alguns momentos da história "O torneio de comilança" (vídeo no post anterior), nós representamos o Gigante e o Menino, usando a voz e o corpo que inventamos para eles.
Você pode fazer isso através de uma voz diferente, um ritmo diferente, ou até pode usar algum adereço (chapéu, lenço) que o ajude nessa transformação. Só cuide para que esses adereços e essas transformações não atrapalhem você. Escolha algo fácil e rápido e ensaie antes.
Objetos
Existem muitos narradores que usam alguns objetos para contar histórias. Aqui está o link de uma contadora de histórias chamada Kelly Orasi usando objetos como personagens.
Nesse outro vídeo, eu uso os objetos em uma história de uma outra forma.
Será que a sua história ia ficar melhor usando algum objeto? Nem todas as histórias são ajudadas por isso. Só você pode decidir. Mas lembre-se: cuidado para eles não atrapalharem o que você tem a dizer.
Música
A música também é um recurso muito utilizado nas contações de história. Vocês podem usar de diversas formas: para iniciar a história e trazer a atenção do público (como eu e Dália fizemos na história "Torneio de Comilança", vídeo no post acima); ou podem usar durante a história, como faz o grupo Recantação em muitas das suas histórias (abaixo Festa no Céu); ou podem usar alguns instrumentos musicais que ajudem a criar algum clima diferente (um tambor pode representar os passos de um gigante, ou uma flauta o canto dos passarinhos).
Se você não tiver instrumentos musicais na sua casa, você pode usar objetos que tenham som: caixas, panelas, colheres ou até o espiral do caderno.
Existem muitas formas de usar a música. Veja se você gosta de alguma e se a sua história pode usar alguma.
Depois de escolher a forma como você quer contar a história ENSAIE! Ensaiar é a melhor forma de se sentir seguro, de experimentar as coisas e descobrir o que ajuda a história a ficar melhor e o que a atrapalha.
E aí? O que achou? Muito difícil? Quais são as suas dúvidas? Compartilha comigo que eu posso te ajudar e melhorar minha forma de explicar.
No próximo post a gente vai falar de dicas para a gravação.
Que tal oferecer uma história para alguém que você gosta?
Algumas pessoas, durante a quarentena estão ficando muito sozinhas, ou precisando de alguma distração que possa dar um pouco de alegria nesse período difícil.
Para uma criança ou um idoso receber um vídeo de alguém da família contando uma história pode ser algo que motive o dia.
Que tal experimentar?
No vídeo abaixo, vocês podem ver o exemplo de uma contação de histórias gravada. Eu e a minha filha Dália gravamos com o próprio celular e depois compartilhamos com os amigos e familiares. Eles se alegraram bastante.
Essa história é um pouco longa, por isso precisei postá-la no youtube, mas se você escolher uma história curtinha, poderá compartilhar com seus familiares por mensagem ou e-mail.
Parte 1 - Escolhendo a História
A primeira coisa a fazer é escolher uma história (para algumas pessoas essa é a parte mais difícil). Dou algumas dicas para facilitar:
1 - Pense na pessoa que você quer presentear com essa história;
2 - Lembre de um conto que você gosta e que acha que ela vai gostar também. Pode ser uma história que você lembra de ter ouvido alguém contar recentemente ou muito antigamente; pode ser algum livro que traga histórias tradicionais ou até de um autor que você gosta bastante.
3 - Identifique se o conto que você escolheu é muito longo. Eu sugiro começar por um enredo simples.
Deixem nos comentários dicas de livros que possam ter boas histórias para contar. Isso pode ajudar os amigos indecisos.
Parte 2 - Estudando a estrutura da história
É muito muito importante ter o domínio da história que você vai contar. A melhor forma para isso é ler diversas vezes ou, se você a conhece oralmente, relembrá-la na sua cabeça ou com outras pessoas que já a escutaram.
Vou escrever alguns passos que podem ajudar a simplificar o processo:
1 - leia diversas vezes a história;
2 - grife com um lápis colorido algumas passagens que você gosta muito;
3 - destaque com uma outra cor as passagens que você acha fundamentais para a trama.
4 - tente contá-la em voz alta para você mesmo diversas vezes: uma vez bem rápida e resumida, outra vez desenvolvendo um pouco mais. Perceba a partir disso quais são as passagens fundamentais (que não podem faltar, senão a história fica incompreensível) e quais são as partes que deixam a história mais interessante, mais bonita.
Parte 3 - Brincando com a história
Essa é a parte que eu mais gosto: imaginar a história, brincar com ela e torná-la minha. Um bom narrador conta a história como se a tivesse testemunhado, como se tivesse vivido. Imagina as paisagens, os personagens e sabe até o que não conta para o público.
Existem muitas formas de você criar imagens para as histórias. O contador de histórias francês Michel Hindenoch diz que é fundamental acreditar nas histórias que a gente conta. A forma que ele inventou de testemunhar as histórias é sentar e imaginá-las como se estivessem em uma tela de cinema. De certa forma parecido com o que fizemos na "Jornada da Imaginação" (primeiro jogo do Blog).
Regina Machado, contadora de histórias brasileira, sugere que podemos fazer isso através de um jogo prático. (Eu adoro!)
O Portal
Ache um lugar na sua casa que você possa ficar concentrado por algum tempo.
Você pode colocar uma música instrumental que ajude na concentração e dê mais cores a sua jornada.
Imagine-se em um portal, adentrando esse portal você atravessará a história, vendo e vivenciando toda a trama. Você descobrirá como eram as paisagens, como agiam as personagens. Tomem tempo e tentem imaginar os detalhes, as sensações e o ritmo de cada momento.
Terminando isso. Guarde as sensações e as descobertas. Anotar é uma boa forma de tomar consciência do que foi e não esquecer.
Guarde a história com você, lembre dela quando estiver tomando banho, comendo ou relaxando.
No próximo post, a gente continua o passo a passo para a criação!
Enquanto isso, você pode me contar suas impressões, dúvidas, descobertas através dos comentários ou por e-mail (isismadi@gmail.com)
Para matar a saudade das aulas de teatro, para continuar exercitando a imaginação, preparei alguns jogos que conseguimos fazer à distância. Esse primeiro é para todas as idades e todas as turmas. Me escrevam e comentem, assim construimos algo bem legal juntos!
Compartilhem comigo a jornada de vocês. Vocês podem fazer isso por escrito, por vídeo ou áudio. Escrevam as respostas nos comentários abaixo ou enviem para o e-mail: isismadi@gmail.com Mando um próximo jogo em breve. Beijos Isis
